Vi-te partir...
Envolta no meu coração partido,
Acariciada pelo meu doce olhar
E purificada pelas minhas ternas lágrimas
Que do meu rosto corriam.
Sei que não estás longe de mim...
Sei que continuas,
Com ternura e delicadeza,
Só própria de ti,
A acariciar meu rosto
Com tuas patinhas de veludo,
A beijar minhas mãos
Que chegaram a ser
Mais tuas do que minhas...
Teus olhinhos
Guardados no meu baú da saudade
Seguir-me-ão até à eternidade,
Tal a bondade e doçura
Que deles brotava
Quando me olhavas,
Quando me acariciavas,
Quando me contemplavas...
Foste companheira dedicada,
Fonte de energia, sabedoria
E inspiração divinal...
Mas, eu vi-te sofrer
Teus peitinhos indiciavam,
Tempos graves,
Tragédias e desenlaces fatais...
E eles chegaram...
Com sapatinhos de veludo,
Indesejados, malditos
Crueis e tenebrosos!
Fiquei petrificado,
Sem sorriso nos lábios
E, o coração, despedaçado....
Perdi-te, mas não para sempre
Pois a tua imagem
Estará, junto de mim,
Bem presente,
Bem guardada.
Todas as noites estou contigo,
Todas as noites te vejo
E uma réstea de luz e crença
Me dá esperança que,
Um dia, de novo nor cruzaremos
Para completar a nossa amizade
E afeição entre dois seres
Tão distintos,
Tão diferentes,
Mas tão iguais na sua entrega
E amor mútuo...
Até breve!
1 comentário:
É bem verdade, eu que a conheci, também fiquei triste - era mesmo patinhas de veludo - Ana Dias
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