quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CLAVE SEM DÓ




O meu fado é tão triste
Minha sina uma prosa
e não sei quem me assiste
ao fazer de um cravo, rosa

Sinto-me muito feliz
no polimento de esquinas
ou, quem sabe, quem me diz
afinando concertinas

Sei tirar um dó de peito
no meu órgão preferido
quando a corda está a jeito
sai um dó em rá maior
em uma clave sem som
enquanto o mi se fá sol
e assim vai o meu solfejo
em clave de dó sem dó
faço tudo com gracejo
antes de me tornar pá!

Prosa - 13/12/2011

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