Brilhante como carvão
Vi corpos a atravessar
No meio da escuridão
O GPS dizia sim
O Filipe dizia não
E já no princípio do fim
Estalava a confusão.
Ao me desviar na estrada
Dum estúpido condutor
A Tereza ficou agastada
Tocada de mau humor.
Oh Zé Roque toma juízo
Não saias do alcatrão
Agora o que é preciso
É evitar a confusão.
Que raio de vida esta
E que desespero é o meu
Já sinto uma dor na testa
Com a fome que me deu.
Tudo parecia ir mal
Mas acabou na melhor
Chegamos às vinte e tal
Podendo ter sido pior.
Entramos logo num bar
Juntamos duas mesinhas
E para nos animar
Saem logo francesinhas.
Acompanhadas de galões
E bons finos à pressão
Estes esganados foliões
Atacaram com precisão.
Servido por fim o café
p'ra total excitamento;
por fim, já todos de pé
Procedemos ao pagamento.
As pernas, rolos de lama,
Olhos doridos e a arder
Ao me lançar sobre a cama
Nem dei por adormecer.
A viagem foi um sucesso
P'ra no futuro recordar
E ao grupo agora peço
Um poema a evocar.
O Zé Roque pilotou
A Tereza ressonava
O Tio Bento se calou
Enquanto Filipe falava.
1 comentário:
Olá Amigo!
Zé Roque no seu melhor - poesia e belas fotos! E que linda deve ter sido a viagem!
Beijinho grande e um óptimo fim de semana!
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